segunda-feira, 28 de setembro de 2009

...TOCAR NA MISSA....

(Por Osvaldo Lima)

Hoje meu filho me deu uma grande alegria. Ele pegou meu violão, tirou da capa, olhou para nós e falou do seu jeito, aprendendo a falar..., "Tocá a missa"...
Fiquei muito feliz por meu filho já perceber que o pai toca na Igreja. Espero que ele continue com essa frase presente na memória, mas, principalmente, no coração!
Espero que ele encontre na música um meio de mergulhar nos mistérios de Deus. De encontrar, através da música, a voz de Deus...
Santa Cecília, rogai por nós!!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A MÚSICA NA BÍBLIA

Conheci o site da Irmã Miria T. Koling essa semana. Muito bom! Foi de lá que eu coletei esse material sobre A música na Bíblia
Para quem não conhece, assim como o Padre Zezinho, a Irmã Miria é uma das responsavéis pela História da Música Católica Brasileira...
No site encotramos material formativo, além de músicas e partituras....
Vale a pena visitar!!!

A MÚSICA NA BÍBLIA
Como linguagem da comunicação, manifestação dos sentimentos e mais alta expressão da alma, a música é tão antiga quanto a humanidade. Para alguns autores, é anterior à palavra, e só pode ser de origem divina. Não há povo, desde a antiguidade, onde não se encontrem manifestações musicais, uma vez que o próprio homem é um ser musical.
Seu instrumento primeiro e natural é a voz, que produz o som, acompanhada do ritmo, no gesto de bater as mãos... De modo que o culto pela música sempre acompanhou os povos desde os tempos mais antigos, através do som e do ritmo, os dois elementos fundamentais da música, evoluindo aos poucos para a fabricação de instrumentos e para o canto, uníssono e coral. O povo de Israel sempre usou o canto e a música nas festas e celebrações religiosas.
A Bíblia faz centenas de referências à música e ao canto, presentes na vida e caminhada do povo desde sua origem - o Gênesis, que cita Jubal, o primeiro a tocar o Kinnôr, espécie de harpa, até seu destino final glorioso narrado no Apocalipse, com o som de trombetas acompanhando o cântico novo dos redimidos pelo Sangue do Cordeiro...
Um canto para celebrar a ação salvífica de Deus em sua história; um canto como sinal e instrumento do mistério; um canto para transmitir uma mensagem e solenizar as festas; um canto feito clamor jubiloso ou triste lamento, unido à poesia e à dança, em geral acompanhado de instrumentos diversos.
O Cântico de Moisés e Miriam (Ex 15) é um dos mais antigos e importantes, composto para celebrar a derrota dos egípcios e a intervenção de Deus na libertação do seu povo, quando da passagem do Mar Vermelho, acompanhado por danças e tímpanos. Até hoje faz parte da tradição litúrgica judaica, e os cristãos o entoamos na Vigília Pascal.
O Cântico dos Cânticos, atribuído a Salomão, e que, segundo a Bíblia Pastoral, deveria ser traduzido como “O cântico por excelência” ou “o mais belo cântico”, é uma coletânea de canções de amor; celebra o amor humano e divino, revelando a ternura de Deus pela humanidade, tornado visível em Jesus Cristo.
O rei Salomão dava muito destaque à música nas liturgias solenes do Templo de Jerusalém, empregando milhares de músicos, sobretudo nas grandes festas, como a transferência da Arca da Aliança para a cidade de Davi, acompanhada por grandes louvores e aclamações, danças e toque de instrumentos, conforme está descrito em 2Sm 6,5ss; 1Cr 15,16 e em outros textos.
A época de maior desenvolvimento musical aconteceu nos reinados de Salomão e Davi, que apresentado a Saul como músico (1Sm 16,16) – ele próprio cantava, tocava e dançava diante da Arca (2Sm 6) -, organizou os coros levíticos para o serviço litúrgico, conforme 1Cr 23 e 25. Formou-se assim uma tradição musical, quando foram organizados e compilados os Salmos, com 150 poemas líricos que formam o coração do Antigo Testamento e são o lado orante da Bíblia. Constituem eles o Saltério, a forma mais ampla, completa e bela da canção litúrgica judaica, abrangendo desde as exclamações de alegria e louvor ao pedido de socorro e prece suplicante, em geral acompanhados de instrumentos e dança.
O povo judeu cantou sua religião, louvando o Senhor, suplicando sua ajuda, confiando em sua misericórdia, aclamando seu poder, agradecendo seus benefícios.
Os Salmos e Cânticos do Antigo Testamento foram compostos ao longo de milhares de anos, por isso mesmo, não sendo de nenhum tempo, dão certo para todos os tempos e espaços, cabendo em qualquer coração humano, conforme Carlos Mesters.
Também Jesus, judeu plenamente, bebeu da fonte dos salmos e cânticos bíblicos, freqüentando a sinagoga e o templo, participando das festas litúrgicas. Na última ceia, cantou com os discípulos os salmos e hinos do rito pascal. Ele próprio se tornou “o cantor admirável dos salmos”, no dizer de Santo Agostinho, e nele os salmos ganharam sentido pleno. Por isso mesmo, o Livro dos Salmos deve ser o grande referencial aos que se dedicam à música e ao canto litúrgico.
Concluindo este breve resumo, cito, de pleno acordo, as sábias palavras de Carmine Di Sante, em seu livro “Liturgia Judaica – Fontes, estrutura, orações e festas”, da Editora Paulus: “O judaísmo não é o negativo sobre o qual se faz sobressair o positivo de Jesus e do cristianismo, mas é a “divina melodia” cuja beleza nos dá a medida da grandeza e da originalidade de Jesus e da cristandade.”
(Irmã Miria T. Koling)

Fonte:
http://www.irmamiria.com.br/w_ir_noticia_completa.php?id=3959&tipo=2

domingo, 13 de setembro de 2009

Operários da missão - Pe. Zezinho

Pensei esses dias no trabalho que é cantar e divulgar canções. Porque parece divertido e maravilhoso naquela hora, muita gente não se dá conta do quanto é trabalhoso cantar para o povo e levar um povo a cantar.
Existem aqueles que nos levam pelas estradas, pelos ares, pelos rios e pelos mares, até onde queremos ir. São os operários da condução. Existem aqueles que nos alimentam com seu trabalho de plantar, colher e beneficiar os frutos da terra. Existem os que cuidam de nós, que nos governam, que legislam e tentam fazer a sociedade funcionar em liberdade. Existem os que defendem, que nos julgam ou fazem justiça. Existem aqueles que limpam as ruas, os que colocam mercadorias à nossa disposição, aqueles que as fabricam…

O mundo tem milhares de profissionais: pessoas que descobriram algo que sabem fazer e fazem bem. Por seu trabalho, tornam nossa vida mais fácil e melhor. O mundo está cheio de trabalhadores e, como não podia deixar de ser, o mundo também se alimenta de novidades, de arte, de alegria e de sentimentos.

Entre os trabalhadores que se dedicam a mexer com os sentimentos das pessoas e torná-las melhores, interpretando suas vidas, suas dores, suas alegrias, há os trabalhadores da canção. Porque cantar é um serviço muito cansativo. Incluem muitos ensaios, renovação de repertório, estudos permanentes, cuidados com a saúde, com a garganta, viagens ininterruptas para ir levar a canção lá, onde o povo está.

Há o risco do fracasso, a alegria do aplauso e, outra vez, o risco do fracasso. Porque sempre vai haver quem gosta e quem não gosta, quem vai e quem não vai. É uma profissão de auto-risco. Cantores e músicos são pessoas que trabalham duramente na esperança de fazer o povo dançar, rir, cantar e chorar junto. Tocar no sentimento do povo é sempre bonito, tocar para o sentimento do povo sem forçar nenhuma lágrima é mais bonito ainda. É nobre e santo fazer o povo sentir junto, emocionar-se, chorar e se abraçar por causa de uma canção bem cantada.

Por isso, num dia qualquer, lembrando Santa Cecília, que a Igreja canonizou e colocou como padroeira da música, envio um abraço a todos os meus companheiros de trabalho, que já descobriram que fazer canção é trabalho duríssimo, mas faz bem ao povo. Uma vez começada, a arte de compor não pára nunca. O exemplo vem de Deus, porque Deus é compositor. Criou todos os sons do Universo e nunca parou de criar.

Padre Zezinho

Texto retirado do site:

http://www.portaldamusicacatolica.com.br/pe_zezinho_27.asp

Pe. Zezinho, scj (pezscj@uol.com.br)
www.padrezezinhoscj.com - Taubaté-SP

sábado, 12 de setembro de 2009

Canto e Música na Litúrgia Pós-Concílio Vaticano II

A CNBB disponibilizou um estudo muito interessante sobre o Canto e Música na Litúrgia pós-concílio vaticano II. Para acessar é só clicar no link.
O arquivo está no formato PDF. Caso não abra, é só me enviar um e-mail que te enviarei o documento!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

OS 30 PECADOS DO MÚSICO CATÓLICO - Padre Joãozinho,scj e Serginho Valle


Os 30 pecados do músico católico
"Um bom líder sabe que varias cabeças pensam melhor que uma"

1- Fazer do altar um palco
2- Impor sempre seu gosto pessoal
3- Cantar por cantar
4- "Só toco se for do meu jeito"
5- Ir sempre contra a idéia da equipe de celebração e do padre
6- Escolher sempre as mesmas músicas
7- Nunca sorrir
8- Usar instrumentos desafinados
9- Tocar músicas de novela em casamento
10- Afinar os instrumentos durante a missa
11- Colocar letra religiosa em música da "parada"
12- Nunca estudar liturgia
13- Não prestar atenção na letra do canto
14- Não ler o Evangelho do dia antes de escolher as músicas
15- Cantar forte demais no microfone, ou seja, o seu é sempre o mais alto
16- Volume dos instrumentos (muito) acima do volume dos microfones
17- Coral que canta tudo sozinho
18- Cantar só para exibir-se (estrelismo)
19- Distrair a assembléia com conversas paralelas durante a missa
20- Não avisar ao padre as horas que serão cantadas
21- Nunca ensaiar novas canções nem estudar o instrumento que ministra (voz, violão, teclado...)
22- Ensaiar tudo antes da missa
23- Cantar músicas desconhecidas
24- Usar roupa bem extravagante, que chame a atenção
25- Fazer de conta que está em um show de rock
26- Perder contato com a assembléia
27- Músicas fora da realidade e do tempo litúrgico
28- Fazer o máximo de barulho
29- Não ter vida interior, oração com o Ministério inteiro ou falsa humildade
30- Repetir no fim de cada celebração: "vocês são ótimos, eu sou apenas o máximo!"

Com isso podemos começar a servir a Deus. Um bom líder sabe que varias cabeças pensam melhor que uma!


Padre Joãozinho - scj e Serginho Valle