terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mês da Bíblia 2010



Mês da Bíblia 2010

Desde o Vaticano II, a Bíblia ocupou um espaço privilegiado na família, nos grupos de reflexão, círculos bíblicos, na catequese e nas pequenas comunidades. A Igreja no Brasil desenvolveu toda uma prática de leitura e reflexão da Bíblia que muito contribui para o sustento da fé e da caminhada das pessoas. É uma forma muito rica de viver a missão da Igreja que é a de servir a Palavra.



O Mês da Bíblia surgiu há 39 anos por ocasião do 50º aniversário da Arquidiocese de Belo Horizonte. Desde então tem destacado a importância da leitura, do estudo e da contemplação das Sagradas Escrituras. Na verdade, o Mês da Bíblia contribuiu muito para o desenvolvimento da Pastoral Bíblica no âmbito paroquial e diocesano. Hoje, se percebe a necessidade da Animação Bíblica das Pastorais em vez da existência de apenas uma pastoral entre as demais dedicada às Sagradas Escrituras. A Animação Bíblica vem a ser a forma mais adequada de acentuar a centralidade da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja.
A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética, juntamente com as Instituições Bíblicas, no desejo de dar continuidade à XII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos (2008), que destacou especialmente o mandato missionário de todo cristão como consequência do batismo, propõe para o ano de 2010, no mês da Bíblia, o estudo e a meditação do Livro de Jonas com destaque para a evangelização e a missão na cidade.


O Sínodo pediu que a consciência desse mandato missionário e discipular fosse aprofundada em cada paróquia e comunidade, nas pastorais, nos movimentos e nas organizações católicas. Também foi desejo dos Padres Sinodais que se propusessem novas iniciativas para se fazer chegar a “Palavra de Deus a todos, especialmente, aos irmãos batizados, mas não suficientemente evangelizados” (Proposição 38).
Além disso, a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida - SP (2007), também destacou o valor do mandato missionário, enfatizando os novos areópagos da missão (DAp 491-500). Areópago, literalmente, significa colina de Ares, localizada na antiga cidade grega de Atenas. Nesse lugar, a céu aberto, a cidadania era exercida em assembleias que tratavam de importantes assuntos no âmbito da política e da religião. Foi ali, conforme At 17, 16-33, que São Paulo apresentou o Evangelho, pela primeira vez, a um ambiente de cultura grega. Atualmente, o areópago, em sentido simbólico, significa os novos contextos de missão. Os encontros sobre o livro de Jonas ajudarão a Igreja a vivenciar o mandato missionário no enfrentamento de novos desafios.
Na linha do ecumenismo da Campanha da Fraternidade deste ano, o livro de Jonas reforça a idéia da universalidade do amor de Deus, que reconhece o valor de todos; no horizonte aberto pelo Ano Paulino, esse texto da Escritura nos faz refletir sobre a evangelização do mundo urbano. Assim, Jonas será uma grande contribuição para que o entusiasmo não esfrie e a Igreja possa continuar ampliando sua reflexão sobre a amplitude de sua missão. De fato, a escolha deste livro bíblico para o mês de setembro tem por objetivo tirar os católicos do comodismo e do julgamento preconceituoso e os encaminhar para a evangelização da cidade.
Existem muitas formas de se aproximar da Sagrada Escritura, porém, existe uma privilegiada à qual todos somos convidados: o exercício da Leitura Orante (Lectio Divina) da Sagrada Escritura que, se bem praticada, nos conduz ao encontro com Jesus (Cf. DAp 249).
Por isso, escolhemos esta forma de contato com a Palavra de Deus para este mês da Bíblia. Agradeço à Aíla Luzia Pinheiro de Andrade, da Comunidade Nova Jerusalém, pela elaboração deste subsídio.
Que o estudo e a meditação do livro de Jonas nos ajudem a vencer a tentação de fugir dos desafios da missão e nos tornem capazes de acolher a todas as pessoas sem acepção.



Dom Eugênio Rixen Bispo de Goiás - GO 
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral 
para a Animação Bíblico-Catequética
Fonte:  CNBB

Música Católica pelo Mundo - Daniel Poli

Este vídeo apresenta Daniel Poli, músico católico, exerce seu ministério na Argentina. É um daqueles músicos católicos que você só conhece pelas canções abençoadas e ungidas pelo Espírito Santo. Selecionei algumas das canções que com certeza você já escutou em versões brasileiras. Aumente o som e escute. Vale a pena!

Glórias e louvores a Cristo Jesus.
Osvaldo Lima

Confira:







sábado, 28 de agosto de 2010

Sugestão de Melodia - Salmo 89

Sugestão para o Salmo 89 - Canção Nova - 01/08/2010

Produçao musical, arranjos e execução - Paulinho de Jesus
Melodia: Paulinho de Jesus
Interprete: Thiago Tomé





D A/C# G/B A4
— Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós.
D A/C# G/B A4 A
Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!

Bm7 A6 G Em7
— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,/ quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!”/
Bm7 A/C# Em7 G A4 A
Pois mil anos para vós são como ontem,/ qual vigília de uma noite que passou. (ref)

Bm7 A6 G Em7 Bm7 A/C#
— Eles passam como o sono (como sono da manhã,) / são iguais à erva verde ( a erva verde pelos campos):/
Em7 G A4 A Em7 G A4 A
de manhã ela floresce vicejante,/ mas à tarde é cortada e logo seca.


— Ensinai-nos a contar os nossos dias,/
e dai ao nosso coração sabedoria!/ Senhor, voltai-vos!
Até quando tardareis?/
Tende piedade e compaixão de vossos servos!


— Saciai-nos de manhã com vosso amor,/
e exultaremos de alegria todo o dia!/
Que a bondade do Senhor e nosso Deus/
repouse sobre nós e nos conduza!/
Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

BANDA MARANATHA - BRASILIA





ENTREVISTA SELECIONADA
(15-Abr-2009 - Banda Maranatha)

Entrevista concedida pela Banda Maranatha à Pastoral.com - Paróquia São Pedro

Como e quando nasceu o trabalho evangelizador da Banda Maranatha?
Banda Maranatha:
Valério - Quando Jesus era menino... (risos). 
Takinho - Certo dia, fomos a uma experiência de oração e na celebração da missa havia uma banda tocando (Grupo Rio de Agua Viva – Valter, Orlando, Jùlia e Cia). Então pensamos que realmente poderíamos formar uma banda. Inicialmente, nossa intenção era formar uma banda de baile, e achávamos que deveríamos, esporadicamente, tocar nas missas, por sermos católicos de obrigação dominical. Na verdade, o grupo decidiu montar uma banda em 1985, mas consideramos que o início de nossa banda ocorreu em 1986, ano em que nos consagramos.
Naquela época, ainda não participávamos de nenhum movimento ou pastoral da Igreja, mas constantemente éramos “assediados” pelo pessoal do grupo de oração da Paróquia São Pedro e São Paulo, localizada no “Setor M Norte”.
Valério - O Takinho e o Marco gostavam de jogar bola nos finais de semana e possuíam alguns instrumentos de percussão e o Takinho estava aprendendo a tocar saxofone na banda marcial da Escola Industrial de Taguatinga (EIT).
Takinho - Foi quando resolvemos aceitar o convite e fomos participar do grupo de oração. O Valério já fazia parte do grupo. Começamos a desenvolver alguns trabalhos junto ao Ministério de Música. A banda ainda não estava formada, então decidimos sair convidando pessoas para fazer parte da banda. Fizemos o convite primeiramente a Fátima, Elenice, Chagas, Diana e a Dina. Depois anunciamos na missa e lançamos a seguinte pergunta: quem gostaria de fazer parte da Banda? Muita gente apareceu. Então começamos a trabalhar com aquelas trinta e quatro pessoas. Foram momentos de muito aprendizado. Éramos piolhos dos ensaios do Grupo Rio de Água Viva e Grão de Trigo. O Coordenador do Ministério de Música era o Valter. Naquela época, havia um costume: o coordenador acompanhava a formação de novas bandas, ministérios etc, ou então ele indicava alguém para acompanhar. Nós tivemos o privilégio de ter o Vantuir, Grande companheiro que se tornou não só a pessoa que nos orientou como também os laços familiares se estreitaram, ou seja, transformou-se em padrinho da banda. Nossa Missão estava delineada. Trabalhamos arduamente no Grupo de Oração, e podemos testemunhar que aqueles momentos foram muito bom para o nosso crescimento. No dia 25 de outubro de 1986, consagramos ao Senhor o nosso Ministério, portanto essa é a data oficial da nossa “fundação”. Detalhe, mesmo antes da consagração, nunca “tocamos músicas seculares”, desde o início fomos exclusivamente de evangelização.
Marco - O nome da banda não foi uma escolha nossa, foi uma “imposição” “Santa Imposição”. Tocávamos no grupo de Oração Maranatha e ficamos conhecidos como a Banda Maranatha.
Takinho – Quando começamos no grupo de oração e ninguém tocava nada, tínhamos um desejo muito grande de servir a Deus.
Valério - Ou o povo tinha problemas de audição ou Deus estava sendo muito misericordioso conosco, pois à medida em que fomos tocando, Jesus foi tocando a gente e então tudo começou a acontecer, inclusive a chegar mais pessoas para o Grupo de Oração. O Takinho nunca havia tocado teclado, aprendeu tocando; eu nunca tinha tocado baixo na vida, aprendi tocando; o Marco também nunca havia tocado bateria e aprendeu tocando. 
Takinho - Aconteceu conosco conforme diz o ditado “a necessidade faz o sapo pular”. O grupo foi formado por pessoas, não por músicos, ou seja, não escolhemos o melhor cantor, baterista, baixista guitarrista e etc. A única coisa que escolhemos foi servir a Deus. Sempre sentimos vontade de trabalhar com música, mas nunca achamos que fosse possível fazê-lo, principalmente, porque não sabíamos tocar nenhum instrumento, para se ter uma idéia a primeira bateria que o Marco tocou na vida, foi a que nós compramos, e o primeiro Contra-Baixo que o Valério tocou foi pego emprestado, quando participávamos de um festival.
Marco - Tudo isso aconteceu em função do Ministério, à serviço da evangelização no grupo de oração.
Valério - É interessante observar que, naquela época, na Igreja Católica não haviam muitas bandas, existia o Água Viva, o Grão de Trigo e Banda da Rodoviária. Quando começamos, nos juntamos aos grupos que trouxeram novidades como guitarra, bateria, contra-baixo, teclado... 
Valério - De certa forma, hoje podemos dizer que também somos meio “culpados” por haver tantas bandas de músicas.
Ao longo da história da Banda qual foi a música que mais a marcou?
Banda Maranatha:
Maria de Fátima – Para mim a música mais marcante foi Nosso Tudo.
Marco - Antigamente, tínhamos apenas o Padre Zezinho, o Padre Jonas e os grupos protestantes, não tinhamos uma música especifíca.
Valério - Nessa fase, tínhamos várias músicas que foram importantes para nós, portanto é difícil escolhermos uma música específica.
Takinho - As músicas “Nosso Tudo” e “Paz Só em Jesus” marcaram nossa trajetória porque foram nossas primeiras composições. Com elas participamos do I Festival de Música da Renovação Carismática Católica e “Nosso Tudo” foi a música ganhadora desse festival.
Sabemos que a vida em oração é o combustível de nossa caminhada na Igreja. Como vocês direcionam o trabalho nesse sentido? Vocês Oram juntos? Partilham o dia-a-dia?
Banda Maranatha:
Valério - Quando voltamos no tempo e lembramos do início da banda, entendemos que, naquela hora, Deus não escolheu músicos, mas pessoas, cada um de um lugar diferente do mundo. Se dependesse somente de nós, de nossas vidas, não estaríamos aqui hoje. Então a ação de Deus foi providencial. Tivemos uma paixão avassaladora por Jesus, fazíamos de tudo para estar com Ele. Naquela época, éramos todos meninos, então montamos o Manual do Gato Escaldado, aquele era o princípio básico para participar da Banda Maranatha, conforme esse manual, tínhamos as nossas obrigações, nossas tarefas: ir a missa todos os dias, jejum semanal, confissão mensal, oração conjunta, terço todos os dias, leitura diária da Palavra e partilha semanal da Palavra. Nos finais de semana, aconteciam as reuniões do Grupo de Oração, nesses dias acordávamos cedo, lavávamos o salão, fazíamos nossas orações e tinhámos até o momento de cobrança, no qual éramos avaliados: fazíamos a chamada e perguntávamos: “Rezou o terço?” “Não rezou?” “Fique de joelhos”; “Leu a Palavra?” “Não leu?” “Fique de joelhos”. Na verdade, nem entendiámos o que estávamos fazendo, mas obedecíamos. Mas, Deus sabia e estava nos preparando e esta base é o que nos sustenta até hoje. Por exemplo, agendamos essa entrevista para uma segunda feira porque toda segunda feira nos reunimos para rezar, este é um preceito e um costume nosso, desde que a Banda nasceu e permanece até hoje, graças a Deus não desistimos de estar juntos, em oração; de cumprir o compromisso de participar da missa (independente da missa aos domingos, participamos de, pelo menos, mais duas durante a semana); de rezar o terço pela Banda, pelas famílias etc.
Takinho – O Manual do Gato Escaldado era o princípio básico. Para participar da banda Maranatha não era preciso saber tocar, mas era necessário seguir esse princípio.
Valério - Era interessante que as pessoas não queriam ficar no castigo e quando ficavam, era apenas por uma vez. No início, deixamos de ouvir todas as música seculares, até porque precisávamos ouvir aquilo que tocaríamos, queríamos saber o que Deus queria dizer pra nós por intermédio das músicas das outras bandas. 
Takinho – Não ouvíamos FM ou AM, ou seja, ninguém ouvia rádio. Ouvíamos Padre Zezinho, Padre Jonas, outras bandas cristãs não Católicas, enfim, escutávamos somente músicas religiosas. Deus é quem nos segura. Essa não é uma receita, mas para nós foi uma experiência muito interessante. Na verdade, isso fez com que nós nos segurássemos até hoje, pois tudo o que fazíamos era pautado na obediência. Seguíamos um coordenador de música, Valter, que era coordenador da Renovação Carismática e ele nos dizia “não façam isso, não façam aquilo”, nós obedecíamos ao “pé da letra” e gostávamos de obedecer. Isso fez com que criássemos, cada vez mais, o desejo de continuar e fez com que nos firmássemos.
Valério - Dessa maneira, Deus foi fazendo a “peneira”, não ficou por nossa conta dizer quem permaneceria ou sairia da banda. A medida em que a pessoa percebia que eram muitas as exigências, ela “saltava fora”. E a medida que víamos que era bom pra nós, continuávamos e estamos aqui até hoje.
Takinho - Começamos cedo e temos que continuar até o fim é o que nos diz a Palavra. Por isso, vocês terão que nos aturar por muito tempo ainda...
Gostariam de partilhar conosco algum testemunho que tenha marcado a vida de vocês?
Banda Maranatha:
Valério – Nesses vinte anos de banda temos vivenciado muitos testemunhos. O primeiro CD que gravamos podemos considerar “um parto”, além de vendermos tudo que tínhamos, inclusive o carro do Taquinho, fizemos empréstimos, vendemos vale CD antecipado. O primeiro CD foi gravado no ano de 1994, já tínhamos entre nove a dez anos de banda, já havíamos percorrido uma caminhada com o Senhor e Ele tinha uma caminhada conosco. Então, o Senhor nos mostrou que já tínhamos uma história para contar. Muitos, primeiramente gravam um CD, para depois montarem uma banda. Na nossa caminhada, primeiro tivemos experiências com Deus e dessas experiências nasceram as músicas do nosso primeiro CD. Quando se escuta o primeiro e o segundo CD se compartilha um pouco do que Deus fez conosco, da nossa história.
Marco - Hoje muitos nos cobram o relançamento do CD, porque não o conhecem.
Valério - Naquela época, quando participávamos do Grupo de Oração, no Setor M Norte, em Taguatinga, uma senhora deu um testemunho de que houve um dia em que ela e seu marido estavam em meio a uma discussão, então o filho colocou o CD para tocar na faixa “O mundo precisa de Paz”, e nesta hora o casal foi tocado e cessou a discussão. Durante o testemunho ela afirmou que, naquele dia, ouvindo o CD, ela teve o casamento restaurado.
Tivemos uma outra experiência ao tocar em Tocantins, estávamos fazendo um show em praça pública, em Porto Nacional, e uma senhora queria assistir ao nosso show e o seu marido estava embriagado, querendo destruir tudo em casa, quando ele adormeceu, ela foi ao show desesperada, com um filho de colo. Em um determinado momento, conduzimos um momento de oração e pedimos que as pessoas se lembrassem de suas casas, do(a) esposo(a), daquilo que Jesus sucitasse. Naquele instante, tocávamos “A força do viver” e ela se recordava do marido e quando ela menos esperava ele surgiu, ao lado dela, a embriaguês tinha passado e, para ela, aquele momento foi uma restauração para seu casamento.
Valério –Temos muitos outros testemunhos guardados na memória, mas não temos nada catalogado, devem haver inúmeros testemunhos dos quais não temos conhecimento. Se você depois de ler esta entrevista e quiser partilhar algum testemunho poderá entrar em contato conosco pelo email bandamaranatha@bandamaranatha.com.br
Como começaram os trabalhos na Paróquia São Pedro?
Banda Maranatha:
Marco - O Padre Moacir é uma “caixinha de surpresas”... de boas surpresas.
Takinho - Nós tocávamos no grupo de oração todo sábado, há aproximadamente doze anos, mas começou a ficar complicado tocar nesse dia, pois surgiam muitos convites para tocar e essa situação nos incomodava. Então orávamos todas as semanas, pedindo a Deus que providenciasse um grupo de oração para tocarmos às quartas-feiras. Nessa época, não conhecíamos o Padre Moacir, nós apenas o tínhamos visto no Rebanhão, não sabemos como, mas ele conseguiu nosso telefone, ligou e conversou com o Valério que era o responsável pelos contatos da Banda. Durante aquele telefone o padre disse ao Valério que, em oração, Deus tinha o tocado para que convidasse a Maranatha. Mesmo sem sabermos do que se tratava, se era grupo de oração ou missa, aceitamos o convite. 
Valério - Por incrível que pareça, as pessoas tinham uma idéia de que era difícil levar a Banda às suas paróquias, aos eventos, mas, na verdade, somos acessíveis. Com o Padre Moacir aconteceu da mesma forma, ele achava que não aceitaríamos, mas, para surpresa dele, nós aceitamos.
Takinho - Na primeira vez em que fomos tocar na paróquia não deu certo, naquela época a igreja não tinha estrutura de sonorização e o responsável pelo transporte dos equipamentos, em cima da hora, disse-nos que não poderia levá-los. Conseguimos então um caminhão para levar os equipamentos, mas ele não chegou a tempo, foi um desencontro total. Apesar de ter ficado decepcionado, o Padre compreendeu e acertamos para a proxima semana. Daí surgiu a primeira Missa de Libertação, talvez nem mesmo o Padre sabia ao certo como seria.
Valério - Podemos dizer, com certeza, que foi uma obra de Deus. O Padre rezava de um lado e nós rezávamos do outro.
Sabemos que além da doação nas Missas da Paróquia São Pedro, também há um trabalho junto à Arquidiocese de Brasília. Podem nos dizer como é realizado esse trabalho?
Banda Maranatha:
Takinho - Nós tivemos uma formação litúrgica forte, o então pároco de nossa paróquia, Padre Adérson, era muito exigente, fazia questão de ter cursos de liturgia da arquidiocese na paróquia e, como éramos a Banda da paróquia, tocávamos nesses cursos de liturgia. Sempre tivemos preocupação com os cantos liturgicos e, principalmente, de como tocar nas Missas.
Valério - A partir daí estreitamos nosso vínculo com a Arquidiocese e passamos também a servi-la. O Monsenhor Marconi, Doutor em Liturgia, nos ajuda bastante com formação e conselho e isto acaba facilitando o nosso serviço.
Marco - Não temos vaidade e o fator determinante é que, quando fomos convidados, dissemos sim. Da mesma maneira como aconteceu com o Padre Moacir: ele convidou e nós aceitamos.
Takinho - “Portanto, cuidado, se nos convidarem, podemos aceitar”.
Maria de Fátima – Sempre tocamos muito nas crismas, então os bispos vinham à nossa paróquia e conheciam nosso trabalho.
Takinho - O que identifica Banda Maranatha - além do significado do nome, vem Senhor Jesus - é que somos uma Banda à serviço da Igreja, a serviço de Deus.
Valério - Não aceitamos falhar com os compromissos firmados “faça sol ou faça chuva”. Independente do tamanho do evento, nossa entrega é a mesma, tanto faz pra uma ou para 6 bilhões de pessoas. É a Deus que estamos servindo.
Marco - Estabelecemos uma meta na qual o foco é Jesus Cristo, é a Ele quem servimos.
Para finalizar, gostariam de deixar uma mensagem para os visitantes do Site da Paróquia São Pedro?
Banda Maranatha:
Valério - A mensagem que deixamos é que realizamos nosso trabalho através da música que é o que aprendemos a fazer, mas como diz a Palavra, Ele convida muitas pessoas e cada um tem um talento diferente, então coloque o seu também a serviço de Deus e “pé na tábua”. Não perca tempo olhando o que os outros fazem, a Igreja precisa de muita gente para trabalhar, tem espaço para todos, não olhe para o lado e siga sempre em frente.
Takinho - Muitos querem formar bandas em Brasília para shows eventos importantes, mas muitas vezes vamos às missas nas paróquias e não tem ninguém para tocar. É uma contradição. Por isso irmão coloque-se a serviço, tenha Fé, Esperança e Caridade isto é o que importa.
Maria de Fátima - É importante que as pessoas toquem não só instrumentos musicais, mas que sintam o toque de Jesus, para que outros se sintam atraídos por Ele.
Marco – Gostaria que todos fossem tocados por Jesus, que olhassem o exemplo que Maria nos deu, ou seja, fazei tudo que Ele vos disser. Não deixe se usar por aquele que semeia a discórdia, mas deixe que Jesus o ame. Seja sempre correto, você vai perceber que tudo vai mudar em sua vida.
Formação atual:
Marcos Valério – Vocal e Baixo
Antônio Eustáquio (Takinho) – Vocal e Teclado
Marco Antônio – Vocal e Bateria
Maria de Fátima - Intercessora e Salmista
Alessandro Mesquita – Técnico e intercessão
Guilherme Diniz – Técnico de áudio
Enedina Gomes - Intercessão e divulgação
Jerferson - Em caminhada – Guitarrista da Banda Anuncia-me (toca, eventualmente, nas Missas de Libertação)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Amar, a música dos combatentes - Pe Jonas Abib

Pela música conhecemos o coração do músico, seus anseios e aspirações. E, hoje, o Senhor quer batizar você e o seu ministério de música no amor.

Proclame isto:
"Sem medo algum, se ame mais.
O meu Espírito é quem age e faz".

O músico é um artista e todo artista é favorecido por Deus com dotes artísticos, por isso é sensível. Arte é sensibilidade. Mas se você não tomar cuidado, a sensibilidade o leva, o derruba e o joga no chão, porque a sua sensibilidade puxa a sensualidade.

Pela música conhecemos o coração do músico

Quem é músico sente isso na própria pele. Digo isso por mim que também o sou. Como lutei a minha vida inteira! Lutei nos meus tempos de adolescente, mas não entendia o porquê de tanta luta. Foram quedas e vitórias, graças a Deus!

Você é muito sensível, por isso a sua sensualidade está à flor da pele. Mas você não pode se esquecer de que foi o próprio Deus quem o fez sensível. O Senhor sabe que a malícia e a sensualidade habitam em você. Por isso, Ele mesmo providenciou a salvação.

O Altíssimo fez o músico muito sensível, o que é uma graça; mas, por causa do pecado original, infelizmente, essa sensibilidade traz para fora a sua sensualidade. Assim, o músico acaba sendo muito sensual, mesmo sem querer.

Não podemos ser ingênuos com a tentação, pois o tentador sabe onde atacar. Ele conhece nossos pontos fracos, mas as graças e as defesas do Alto são infinitamente maiores, porque "onde proliferou o pecado, superabundou a graça" como nos garante a Palavra de Deus, e isso acontece concretamente com você. Confie nisso!

A grande graça que o Senhor quer lhe dar é um batismo no amor, porque ou você ama ou cai na sensualidade. É preciso que haja muito amor, pois você não deixará de ser sensível. Deus Pai o fez assim.

Trecho do livro "Músicos em ordem de batalha", de monsenhor Jonas Abib



domingo, 1 de agosto de 2010

FESTIVAL ADORAÇÃO E VIDA 2010

Um festival inteiramente on-line, onde o palco é o site adoracaoevida.com e o local é a Internet.
Os compositores e vocalistas não precisam nem sair de casa para participar.
Basta inscrever-se pelo site (de 01/08 a 18/10), enviando seu material de áudio e letra pelo sistema de upload também do site.
Esta será a 3ª edição, mas desde o primeiro realizado, podemos destacar três dos motivos que fizeram com que este Festival tivesse todo esse êxito.
Primeiro pela credibilidade do público no trabalho desenvolvido pelo Ministério Adoração e Vida, segundo pela facilidade de participação via Internet e por último, é claro, pelas premiações:
R$ 5.000,00 de apoio ministerial para o compositor vencedor.
R$ 3.000,00 de apoio ministerial para o vocalista vencedor.
R$ 2.000,00 para o participante com maior torcida
.
Acesse agora mesmo o site www.adoracaoevida.com/festival para mais informações, inscrições e regulamento do festival.

Músicas Protestantes em Celebrações Católicas?

Dom Estevão Bettencourt, em Pergunte e Responderemos n. 516

“Não é conveniente adotar cânticos protestantes em celebrações católicas pelas razões seguintes:

1)Lex orandi lex credendi (Nós oramos de acordo com aquilo que cremos). Isto quer dizer: existe grande afinidade entre as fórmulas de fé e as fórmulas de oração; a fé se exprime na oração, já diziam os escritores cristãos dos primeiros séculos. No século IV, por ocasião da controvérsia ariana (que debatia a Divindade do Filho), os hereges queriam incutir o arianismo através de hinos religioso, ao que Sto. Ambrósio opôs os hinos ambrosianos.

Mais ainda: nos séculos XVII-XIX o Galicanismo propugnava a existência de Igrejas nacionais subordinadas não ao Papa, mas ao monarca. Em conseqüência foi criado o calendário galicano, no qual estava inserida a festa de São Napoleão, que podia ser entendido como um mártir da Igreja antiga ou como sendo o Imperador Napoleão.

Pois bem, os protestantes têm seus cantos religiosos através de cuja letra se exprime a fé protestante. O católico que utiliza esses cânticos, não pode deixar de assimilar aos poucos a mentalidade protestante; esta é, em certos casos, mais subjetiva e sentimental do que a católica.

2) Os cantos protestantes ignoram verdades centrais do Cristianismo: A Eucaristia, a Comunhão dos Santos, a Igreja Mãe e Mestre… Esses temas não podem faltar numa autêntica espiritualidade cristã.

3) Deve-se estimular a produção de cânticos com base na doutrina da fé.” (Dom Estevão Tavares Bettencourt, OSB)

Músicas Evangélicas: Pode ou não pode?

Podemos usar a música evangélica em nossos ministérios? Este é um dos assuntos que mais vem sendo discutido no campo católico e até mesmo entre alguns evangélicos, e com toda certeza é uma das maiores dúvidas relacionada ao Ministério de Música e Artes. Sempre ao escolher uma nova música para cantar ou dançar bate um ponto de interrogação: devo, ou não devo ensaiar uma música protestante? Essa dúvida é freqüente porque ainda hoje há uma enorme quantidade de opiniões a respeito desse tema. Há quem diga que é proibido cantar músicas de compositores evangélicos, já alguns dizem não haver problema cantar em grupos de oração ou encontros, desde que não sejam em celebrações eucarística. Outros dizem não ter problema algum em cantar qualquer que seja a música evangélica. Assim, não só como coordenadora do Ministério de Música e Artes nesta diocese, mas como ministra de música a doze anos quero aqui, colocar alguns pontos para que possamos refletir e crescer juntos e assim superarmos esses questionamentos que nos afligem.

Os mais diversos documentos de nossa Igreja voltados ao artista que fundamentam esse assunto, não impõem restrições ao uso de composições de outras igrejas, desde que essas não agridam a nossa fé!

Nos dias de hoje ouvimos muito falar em ecumenismo. Com o Concílio Vaticano II, o Papa João Paulo II fez esta proposta, para que houvesse mais unidade entre a nossa Igreja e os cristãos de todas as denominações. Precisamos sim viver esse ecumenismo, mas sem perder nossa identidade católica, sem abdicar dos princípios doutrinários e litúrgicos da nossa Igreja. Nossos músicos levaram essa proposta de unidade tão a sério que muitas das vezes não percebem que estão tocando, cantando e dançando canções que se opõem à nossa doutrina católica. O catecismo da Igreja católica no número 1158 é bem claro quando diz que “os textos destinados ao canto sacro hão de ser conforme a doutrina católica, sendo até tirados de preferência das Sagradas Escrituras e das fontes litúrgicas”. Vale, porém, ressaltar que o fato de não ser proibido por nossa Igreja, é necessário entender se essa é realmente uma boa idéia. Esse é um motivo que muitas vezes causa “tititis” entre membros do próprio ministério, Grupo de Oração e até mesmo por membros da nossa própria Igreja que por não gostarem do estilo de músicas, ousam a criticar-nos. Como disse logo acima, até mesmo no campo evangélico há questionamentos sobre o fato de cantarmos músicas deles.

Uma cantora evangélica muito famosa disse que “os católicos usam a música dela para adorar um pedaço de pão”. Se isso é mesmo verdade não sei, porém isso não é mais importante. Não cabe a nós julgar a fala dela. Por muitas vezes, eu em minha ignorância errei cantando músicas de adoração evangélica para adorar ao Santíssimo Sacramento. Hoje entendo que quando o autor da canção se inspirou para escrevê-la não se inspirou em Jesus eucarístico. Essa cantora não comunga da mesma fé que a nossa, se refere ao corpo de Jesus como “um pedaço de pão” simplesmente. Mesmo que ela seja uma ótima cantora, que suas músicas sejam inspiradas pelo Espírito Santo, a música não tem um respaldo católico.

A Adriana, cantora católica conhecida por todos nós disse em uma entrevista ao Portal da Música Católica e deu a seguinte resposta quando ele perguntou se ela fazia Show Góspel: “Show gospel não fala das doutrinas da Igreja Católica. Nós cantamos a doutrina da Igreja, os sacramentos, cantamos a Igreja Católica. A nossa música é que fala dos nossos dons, dos nossos sacramentos, da nossa doutrina”. Assim como Adriana, a Coodenadora Nacional do Ministério de Música e Artes Juliane Morige, disse no Encontro Nacional de Ministérios que precisamos assumir nossa identidade. Somos Carismáticos Católicos. Chega de falar que as músicas evangélicas tem mais poder e unção. Não podemos nos influenciar por certas opiniões. Se imitarmos nossos irmãos evangélicos, perderemos nossa identidade.

Estamos fazendo a nossa parte, em relação ao ecumenismo, mas nem todas as Igrejas aderiram à essa proposta, estando totalmente fechados ao diálogo e radicalmente se opõem à Igreja Católica, por esse fato, mesmo a nossa Igreja não se opondo à músicas evangélicas desde que não firam a nossa fé penso que não mais deveríamos insistir em colocá-las em nosso repertório católico, novas músicas evangélicas. A não ser aquelas que já cantamos a um bom tempo e a assembléia também já está acostumada em cantar.

Alguns evangélicos, por estarem preocupados em perderem “fiéis” estão dizendo que a Igreja Católica ganhou força nos últimos tempos porque está cantando algumas músicas deles, fazem referência à Canção Nova dizendo que fazem tudo igualzinho às Igrejas Evangélicas e que usam isso como arma para o estancamento da sangria em nossa Igreja, ou seja, reverter à fuga dos católicos que foram para as Igrejas Evangélicas. Ainda fazem o questionamento se os autores fizeram certo de autorizar esses católicos a regravarem essas músicas ou não, pelo fato da Igreja Católica estar ganhando força. Em um site evangélico diz o seguinte: Os nossos irmãos católicos estão aderindo cada vez mais às músicas evangélicas, nem causa mais espanto ouvir padres cantando. Nas Igrejas católicas, já é raro se ouvir músicas como: Maria de Nazaré, ou outras do tipo, agora, a moda é cantar músicas evangélicas. Esta fala é justificada porque de um tempo pra cá alguns padres católicos regravaram algumas músicas evangélicas, um deles foi o Padre Marcelo Rossi. Na verdade, quem “trouxe” algumas músicas evangélicas para nossa Igreja foi a Renovação Carismática Católica - até mesmo músicas de outros países - porém, eles só se deram conta agora porque chegou à mídia através desses cds. Assim, essa busca por ser fiel à Igreja, ou seja, o retorno á Igreja Católica dos fiéis que estavam afastados deve ser levada em conta pela graça que nosso movimento foi para a Igreja, contribuindo sim para seu crescimento, e não pelo fato simplesmente de cantarmos algumas músicas evangélicas. Hoje em dia nosso campo musical está riquíssimo de opções, com certeza ainda precisamos melhorar, mas o importante é que está crescendo e através dela resgatando almas para a Igreja. Novamente friso que o repertório evangélico cantado até hoje pode e deve continuar a ser cantado, porém não vejo necessidade de se incluir novas músicas deles. Há quem diga que os evangélicos estão cantando algumas músicas “nossas”, sem saber que na verdade são deles. A maioria das músicas do livrinho Louvemos ao Senhor, aquelas mais antigas que estão no início são evangélicas, essas não devem deixar de ser cantadas. Hoje as músicas novas que são acrescentadas são católicas, e de qualidade.

Gostaria muito que os Ministérios de Música da diocese de Jí-Paraná realmente colocassem na balança se vale a pena continuar cantando músicas de outras Igrejas. Deixo abaixo o endereço de alguns sites que serviram de referências para este artigo.

Abraços fraternos e muita unção em vossos ministérios, que todos nós possamos amar, cantar e valorizar a nossa música católica.

Grazielle Feitosa - Coordenadora do Ministério de Música e Artes

Referências:

www.portaldamusicacatolica.com.br

www.iurdportugal.com/news/?p=2066

http://www.pastorbatista.com.br/j15/index.php?option=com_content&view=article&id=94:igreja-catolica-voltar-crescer&catid=42:polemicas&Itemid=56

http://acaogospel.com.br/portal/index.php/destaque/%E2%80%9Cfaz-um-milagre-em-mim%E2%80%9D-catolicos-se-rendem-e-musica-gospel-vira-novo-hit.html