domingo, 23 de junho de 2013

Os 8 passos da gravação

Olá, galera abençoada!
Estava navegando por esse mar da internet e acabei encontrando esse artigo muito interessante no site www.estudiocatolico.com.br, do músico e produtor musical, Marcos Rodrigues do Vale, mais conhecido como Marquinho, no estúdio Fermata Records.
Muito bacana!
Aproveita e curte o vídeo de uma entrevista que ele deu para o Canal ResterTV.



Os 8 passos da gravação
Primeiro passo
A espiritualidade necessária
Como você pode ver, a questão da qualidade técnica, na verdade, importa mais aos próprios artistas do que ao público em geral. Não que o público não queira um CD de qualidade, mas isto não é o mais importante. O quesito “unção”, graças a Deus ainda fala mais alto na música católica.
É simples saber se você já possui a espiritualidade necessária para encarar um estúdio.
- Os testemunhos chegam até você vindos de pessoas que te escutaram cantar suas canções, neste ou naquele evento, missa, etc. Testemunhos de encontros com Deus, de curas físicas e interiores.
- Antes do artista querer gravar seu CD, a comunidade dele já queria antes, já pedia por este trabalho. É um bom sinal de eu isto não é uma coisa “só da sua cabeça”
É óbvio que esta unção não acontece partindo de uma pessoa que não vive nas leis de Deus, com vida de oração e fiel aos sacramentos.



Segundo passo
Preparo técnico
Muitos, mas muitos mesmo, aparecem aqui no estúdio, mas sem o menor dom para música. Nunca tiveram um pessoa sincera que dissesse uma palavra que mudaria a vida deste irmão para melhor, no sentido de orienta-lo a buscar seu real ministério.
Procure pessoas SINCERAS, DE CONFIANÇA, e pergunte a elas o que acham da sua voz como cantor. Para mim, há três níveis de cantores:
1) O que tem o dom de servir a Deus em projetos de maior abrangência (CD, televisão, etc...) São artistas natos.

2)
Os que se dispuseram a cantar por necessidade de uma paróquia e não tinha ninguém para ajudar na missa ou no grupo de oração. Estes são nossos heróis! Heróis mesmo!

3) Os que não tiveram um conselho sincero de uma pessoa para procurarem discernir melhor seu ministério.

O nível técnico é igualmente importante para os instrumentistas. Há os que são muito úteis na comunidade, sem dúvida, mas não para gravar. É incrível como uma bateria de mesma marca, tocando a mesma música, com as mesmas baquetas e mesmos microfones pode soar tão diferente de um baterista para outro. Aliás, se o baterista (primeiro instrumentista a gravar) não for MUITO BOM, nenhum dos outros instrumentos posteriores salvará a gravação. A Fermata Records disponibiliza músicos profissionais para auxiliar na gravação.
O músico deve ter intimidade com metrônomo. Principalmente o baterista.
Terceiro passo
A pré-produção
Seria a escolha do repertório, definição do estilo musical, ensaios, entre outras coisas. O estúdio de gravação não deve ser usado para criar arranjos, mas para registrá-los somente.
Escolher um produtor para auxiliar nesta fase é interessante. A banda ou o cantor entram no estúdio com aquilo que gostam de cantar, e do jeito que gostam de cantar e tocar. O produtor, que tem uma visão de mercado, direciona o artista para aquilo que vai ter mais aceitação, logo, que vai vender mais seu CD. Ele também procura extrair do artista o seu melhor, e extrair dele capacidades que nem ele próprio sabia possuir. O produtor acompanha o ministério desde a fase da pré-produção, a gravação dentro do estúdio, e inclusive a mixagem. Confiem na pessoa do produtor, pois ele será a autoridade maior durante uma gravação. Não vai adiantar rebelar-se.

Quarto passo
A escolha do estúdio
Deve ser um local do qual você já ouviu CDs gravados do seu estilo. Isto é o mais importante. Deve ser muito bem combinado a questão de horas, datas de pagamentos, quantas correções posteriores você vai ter direito e previsão do CD pronto.
Quinto passo
A gravação

Dê alguns CDs ao técnico de áudio como referência do tipo de som que você quer tirar.
Paciência. Uma música dentro do estúdio pode levar até dez horas para ser gravada. È assim mesmo. Talvez haja pessoas que não saibam, mas os instrumentos são gravados um a um. O técnico tem que acertar muito bem na escolha do microfone certo, e o posicionamento certo. Temos que tentar realizar esta etapa com a maior perfeição possível. Coisas mal tocadas e mal cantadas, não são consertadas posteriormente pelo computador, isto é ilusão. Se for banda, tudo começa pelo baterista. A voz guia já pode se registrada junto ou não.
O que é voz guia? É uma voz cantada apenas para os instrumentistas se localizarem na música. Pode ser feita até mesmo com microfone de mão, e não precisa estar perfeitamente gravada. Ela não vai para o produto final.
Geralmente o segundo passo é o contrabaixo, depois os instrumentos que dão a harmonia e por último os instrumentos que solam.
Finalmente, as vozes. Não esqueça de levar as letras para um professor de Português corrigir a gramática e a ortografia. Se houver reprovas, entrem num consenso sobre o que não estragará a música, mas nem o português. Leve também as letras a um sacerdote, para corrigir os erros teológicos. Nada de chamar Jesus de pai, hein!!
Os cantores devem ter dormido oito horas na noite anterior. Garrafinha de água do lado. Exercícios de relaxamento, aquecimento, e voz à obra! Primeiro as vozes principais, depois os backings.
Os artistas geralmente cobram do técnico á esta altura um reverb aqui, outro ali, um gravezinho aqui, arranca este médio ali, tanto nas vozes quanto nos instrumentos Mas isto não é feito agora.
Sexto passo
A mixagem

No som ao vivo, regula-se o som, depois se toca. No estúdio é o contrário. Primeiro se grava, depois regula o som. Você vai reparar que quase sempre, na hora da gravação, a mesa de som fica com todos os controles de equalização ‘no meio’ durante a gravação, de forma a não fazer nenhuma correção antes da hora. Só agora que “regulamos” tudo.
Geralmente este é o processo: primeiro nivelar os volumes ao gosto do produtor, depois equalizar, depois comprimir, depois reverberações. Há também muitos outros efeitos que podem ser inseridos, mas os citados acima são os essenciais.
Peça ao estúdio os arquivos de suas músicas para futuras edições. Nunca se sabe o que pode ocorrer no futuro.
Você até pode levar seu CD para casa para curtir um pouco, mas vai estar tudo com volume baixo e cada música num volume, ainda bem distante dos CDs que você aprecia de seus cantores prediletos. Isso só vai ser corrigido agora.
Sétimo passo
A masterização
É o processo de nivelar o volume das músicas, talvez ainda mexer um pouco na equalização da música com m um todo. Vamos agora deixar o volume do seu CD igualzinho ao de seu artista preferido. Mas já não é mais hora de dizer “sobe um pouquinho a voz”, ou “Dá mais bumbo” Isto era para a mixagem.
A masterização é recomendada que seja faça por um outro técnico, para que se tenha uma segunda visão do trabalho. Mas pode ser feita também pelo mesmo técnico, até mesmo por questões financeiras.
Oitavo passo
A prensagem
Eles fazem no mínimo mil cópias. Para isso você vai gastar em torno de R$ 3000 reais. As fábricas até podem criar uma capa para você, basta eles terem boas fotos suas, as letras e os textos que você quer colocar no encarte, mas temos a experiência de que eles não tem muita criatividade com isso. É melhor deixar para eles apenas o processo de fabricação mesmo. Escolha um bom publicitário para te auxiliar na “arte final” do CD. O publicitário sabe que tipo de capa chama a atenção, o que desperta o interesse de comprar. Este processo de criar um encarte pode demorar até um mês, por isso comece a ver isto desde o começo da quinta etapa (gravação).
Enviado para a fábrica, você terá uma das mais longas esperas da sua vida: Os 45 dias para chegar o CD pronto!

NÃO MARQUE SHOWS DE LANÇAMENTO SEM O CD NA MÃO, POIS ESTES PODEM NÃO CHEGAR. ISSO JÁ ACONTECEU MUITO!!
FONTE: http://www.estudiocatolico.com.br/artigos.htm


Fonte: portal da música católica

















































































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